João
Bosco Botelho
Os
últimos cinquenta anos marcaram a Medicina pelos extraordinários avanços nas tecnologias
com o objetivo de melhor compreender a micro e a macroestrutura dos corpos
vivos.
A maior
parte desse instrumental tecnológico está voltada ao aperfeiçoamento das
imagens:
1.
Das formas e funções dos segmentos corporais obtidas na macroscopia, isto é,
vísivel aos olhos desarmados:
−
Congeladas num tempo-espaço definido, como as produzidas pelos RX, ultrassom,
tomografia computadorizada, pet scan, ressonância magnética, isótopos e
isóbaros;
−
Obtidas na dinâmica viva dos tecidos, em tempo real, por meio das endoscopias.
2.
Das formas e das funções dos organismos microscópicos, das células e moléculas,
na microestrutura, respectivamente, por meio dos microscopios óticos e
microscópios eletrônicos.
Os conjuntos que interligam as imagens à
microestrutura e macroestrutura dos corpos produziram as âncoras tecnológicas
que mudaram as concepções do diagnóstico, da terapêutica e do prognóstico, por
meio de:
- Terapêutica genética;
- Órgãos artificiais;
- Neuropróteses;
- Inteligência artificial.
A medicina ainda está longe do maior
objetivo: alcançar as dimensões da confluência entre a massa e a energia, na
estrutura atômica, provavelmente, onde superaremos o paradoxo que atormenta os
pesquisadores: em qual dimensão da
matéria o normal se transforma em doença (se é que existe o normal e a doença
como os concebemos hoje).