Amigos do Fingidor

sexta-feira, 21 de março de 2014

Entrevista para "Ideias editadas"




Entrevista concedida a Jorge Bandeira, para a revista Ideias editadas, onde foi publicada, editada, no 
nº 10, de out/nov/dez de 2013.
 

 
1 – Quais são as suas influências como dramaturgo?
R: Ainda adolescente, ou quase, caiu-me às mãos a coleção Teatro Vivo, da editora Abril, uns 30 volumes. Foi um novo mundo que se descortinou. Mas nada me deixou mais em transe que a leitura das obras completas de Nelson Rodrigues e, depois, de Brecht.

2 –
Quantas peças escritas, até agora?
R: Até hoje, concluí oito peças. Quatro foram encenadas (Nós, Medeia, Diante da Justiça, Papai cumpriu sua missão e O beija-flor e o gavião); duas estão em fase produção (Otelo solo e Onde comem 3 comem 6); Duas aguardarão inéditas (Cenas da vida banal e A cidade perdida dos meninos-peixes).

3 – Quais das suas obras você destaca?
R: É difícil falar de filhos; mas gosto muito de Nós, Medeia e dos dois juvenis: O beija-flor e o gavião e A cidade perdida dos meninos-peixes. Estas duas foram reescritas para sair em livro, como novelas juvenis. 

4 – O que tem feito hoje nas artes?
R: Depois de 3 anos envolvido com A invenção do Expressionismo em Augusto dos Anjos, livro lançado em março passado, escrevi Onde comem 3 comem 6, um espetáculo para ser levado na rua, que o Grupo Vitória Régia está produzindo. Além disso, tenho palestras diversas, minicursos e participação em congressos de Literatura.

5 – O que acha da arte produzida hoje em Manaus?
R: Fazer arte é um processo; no meu caso, como escritor, o trabalho é individual, só depende de mim mesmo; quando um grupo resolve encenar alguma coisa minha – trabalho coletivo – é que me dou conta de como tudo é muito difícil; mas nunca foi fácil fazer arte: nem aqui nem em lugar nenhum. Detesto dizer que já foi melhor: é uma perspectiva falsa. Talvez daqui a 20 anos a gente ache hoje um tempo muito bom. Quer dizer: sempre pode piorar...

6 – Seus blogs?
R: O Fingidor, poesia e artes plásticas, está parado há dois anos, mas até hoje ainda recebe mais de 2.000 visitas/mês. O Palavra do Fingidor, uma revista de arte, resiste. E tem o Poesia na Alcova, do qual, aliás, quero extrair uma peça – com os meus poemas e de mais 4 jovens autores.

7 – O que acha da política cultural do Amazonas?
R: Acho graça!!!

8 – O que tem acompanhado nas artes em Manaus, no Brasil, no mundo,
enfim?

R: Não fico um ano sem ir a São Paulo, que não tem culpa de ser o centro da colônia, ver o que há de novo, especialmente no teatro. Porque, apesar de tudo, como diria Galileu, ela se move...