Nesta
sexta-feira, 25 de abril, às 20h, a Academia Amazonense de Letras estará
promovendo, pelo 10º ano consecutivo, a entrega da Medalha do Mérito Cultural Péricles
Moraes, em homenagem a um de seus fundadores, presidente do sodalício durante
muitos anos, e intelectual de renome nacional.
A
Medalha do Mérito Cultural contempla três áreas: Letras, Artes e Mecenato. Nos
anos anteriores, 27 diversos escritores, artistas, empresários e instituições
foram contemplados com a Medalha, como Milton Hatoum, Astrid Cabral, Coral João
Gomes Júnior, Nivaldo Santiago, Phelippe Daou, Ivete Ibiapina, Oscar Ramos,
Instituto Dirson Costa, entre outros.
Este
ano, a Academia Amazonense de Letras concederá a comenda a:
LETRAS
– Alcides Werk, in memoriam. Um dos mais expressivos poetas do Amazonas, nasceu no
Mato Grosso do Sul, mas viveu grande parte de sua vida no interior amazonense,
notadamente em Maués e Nhamundá. Sua poesia, além de grande força telúrica, é
representativa do repúdio ao golpe militar de 1964 e à ditadura que se
instalara então. Deixou vários livros de poesia, entre os quais Trilha dágua, Poemas ribeirinhos e Da noite
do rio.
ARTES
– Sergio Cardoso. Artista plástico,
fotógrafo, cineasta e dramaturgo, é o mais inquieto artista de sua geração,
sempre em busca do novo, sempre desafiando o óbvio. Com uma produtividade
impressionante, mantém o ritmo de duas exposições ao ano, sem deixar cair a
qualidade. Como dramaturgo, é um dos mais produtivos, com mais de 15 peças
encenadas. Está por lançar o livro, já pronto, Teatro urbano das mulheres de Lazone.
MECENATO
– Fazenda da Esperança. Uma obra
social mantida pela Arquidiocese de Manaus, tendo à frente o bispo auxiliar D.
Mario Pasqualotto, foi fundada em 2001. É um centro para recuperação de
dependentes químicos, com 100 vagas para o público masculino e 30 vagas para o
feminino, além de manter uma unidade em São Gabriel da Cachoeira, também com 30
vagas, para o público masculino. A metodologia empregada, baseada em valores
cristãos, assenta-se no tripé “religiosidade, trabalho e convivência, social e
familiar”. Trabalho essencialmente voluntário, a Fazenda da Esperança tem
contribuído para a recuperação de centenas de jovens, que voltaram ao convívio
da família e a tornar-se cidadãos.
A
saudação aos agraciados será proferida pelo acadêmico Zemaria Pinto.