Amigos do Fingidor

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Anavilhanas, laudes
Zemaria Pinto
Anavilhanas, vistas do "continente".
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O dia clareia lentamente. Os iguanas passeiam pelos domínios que logo serão de humanos. Da varanda, observo outros, camuflados, entre as folhas das árvores. Ficam estáticos, mas seus olhos se movimentam muito, sempre atentos ao entorno.

Na superfície plana do rio, um barco de pescadores desliza, quase sem ruído, ferindo o espelho d’água.

O grasnido de uma gaivota a pescar quebra o silêncio da manhã.

No emaranhado verde, as flores silvestres destacam-se em policromia.

Aos poucos, a brisa vai amornando e encrespando as águas negras.

Súbito, uma revoada de pássaros assustados levanta de vez o dia das Anavilhanas.