Zemaria Pinto
Fotos: Carol Figueiredo.
Anoitecer na Estação Ecológica de Anavilhanas, o maior arquipélago fluvial do mundo, a algumas horas de Manaus, a alguns minutos de Novo Airão. Ambas, de costas para o rio, de costas para a vida. A rabeta conduzida pelo Ceará, um clone malproduzido do Didi Mocó, segue monocórdia no caminho das águas. De resto, em tudo há tom: no sol que esmaece, no vento preguiçoso, na água que murmulha... Da fortaleza verde, a dissonância dos pássaros de fim de tarde transforma-se, aos poucos, em sussurros quase inaudíveis. Noite em Anavilhanas. Hora de voltar, no traçado labiríntico do rio. Hora de acordar.