é de guerras, pesar e alegria,
é vitória pousando suas asas
sobre o verde da paz que nos guia.
Assim foi que nos tempos escuros
da conquista apoiada ao canhão
novos povos plantaram o seu berço,
homens livres, na planta do chão.
O trecho acima pertence a um hino que vocês devem conhecer de sobejo. Depois eu falo da importância dele na crônica que se segue.
Imaginem a cena seguinte: um senhor, todo circunspecto, diante de dois vigorosos policiais, a entoar com sua voz um tanto débil, anêmica e quase raquítica, a música dos versos acima.
O encarregado de recepcioná-lo na portaria estranhou o fato deste senhor se encontrar naquele momento sem nenhum documento ou dinheiro, uma vez que eles se encontravam dentro das malas. Apesar da identificação verbal, o “conceituado” chefe da recepção não aceitou o argumento apresentados pelo ilustre visitante. Nos minutos seguintes, o clima foi ficando tenso e, depois de alguns “elogios mútuos” e com a plena conivência do futuro hóspede, a polícia foi acionada. Com a chegada dos policiais as coisas foram se assentando, pois um deles teve uma “vaga” lembrança de quem se tratava. O diálogo que se seguiu foi mais ou menos assim:
– Jorge Tufic.
– Então, para que tudo seja esclarecido e que o fato seja “esquecido”, o senhor poderia cantar um pedaço da música?
– Com todo o prazer.
Agora eu sei que todos os que estão lendo esta matéria já sabem que a letra da música que abre este trabalho é a primeira parte do Hino do Amazonas. Quem se interessar pelo restante da letra é procurar no google.
Finalmente, e conforme eu ia dizendo, quem quiser se livrar de situações constrangedoras como a que passou o Tufic, é só imitá-lo. Da minha parte, eu prometo começar amanhã cedinho. Espero daqui a 60 anos poder dizer com orgulho: eu sou imitador do Jorge Tufic, aquele que só faz bem, aquele que não tem contraindicação. E quando acontecer de eu topar com algum recepcionista mal preparado para lidar com o público, eu vou bradar: Tufic pra você, ó cara!