Zemaria Pinto
Dia destes escrevi que o mulateiro situado na Praça da Polícia (não adianta batizá-la com 3 nomes diferentes: é assim que o povo a chama), lendário ponto de encontro do Clube da Madrugada, era uma farsa. Houve (ouvi) choro, gemidos e ranger de dentes. Morta a cobra, agora mostro o pau.
Foto de Roberto Mendonça.
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Pois é, o mulateiro – um eufemismo para pau-mulato; afinal, mulata, infelizmente, não dá em árvore –, o mulateiro, eu dizia, é uma tremenda Caesalpinia peltophoroides, uma frondosa sibipiruna.
Tem outra placa por lá, confundindo a cabeça de possíveis leitores: diz que ali se reunia o pessoal do Clube da Madrugada e lista uma pá de "fundadores", sugerindo, dissimuladamente, que ali o Clube fora fundado. A verdade: o Clube foi fundado na madrugada do dia 22 de novembro de 1954, na praça de São Sebastião. Os fundadores: Luiz Bacellar, Francisco Batista, Teodoro Botinelly e Saul Benchimol. E só. O testemunho é do próprio Luiz Bacellar, que propôs o nome pelo qual o grupo passaria à história. Quem quiser pode checar com os professores Batista e Benchimol. O Botinelly pediu pra sair.
Por fim. Eu não tenho fotos, mas sei que vocês acreditam em mim, ora bolas. Num laguinho próximo, fofíssimos patinhos brancos... de gesso, isopor, sei lá. Decoração mais cafona só a pintura do zuavo e do legionário, à entrada do palacete. E lembrar que naquele mesmo laguinho nadou o Rimbaud, um pato da estima do poeta Farias de Carvalho... Mas essa é uma outra história.
Tem outra placa por lá, confundindo a cabeça de possíveis leitores: diz que ali se reunia o pessoal do Clube da Madrugada e lista uma pá de "fundadores", sugerindo, dissimuladamente, que ali o Clube fora fundado. A verdade: o Clube foi fundado na madrugada do dia 22 de novembro de 1954, na praça de São Sebastião. Os fundadores: Luiz Bacellar, Francisco Batista, Teodoro Botinelly e Saul Benchimol. E só. O testemunho é do próprio Luiz Bacellar, que propôs o nome pelo qual o grupo passaria à história. Quem quiser pode checar com os professores Batista e Benchimol. O Botinelly pediu pra sair.
Por fim. Eu não tenho fotos, mas sei que vocês acreditam em mim, ora bolas. Num laguinho próximo, fofíssimos patinhos brancos... de gesso, isopor, sei lá. Decoração mais cafona só a pintura do zuavo e do legionário, à entrada do palacete. E lembrar que naquele mesmo laguinho nadou o Rimbaud, um pato da estima do poeta Farias de Carvalho... Mas essa é uma outra história.