Amigos do Fingidor

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sobre Celito Chaves

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CELITO Chaves foi um dos grandes amigos que tive em Manaus, ainda quando ele andava com o violão debaixo do braço, aqui e ali tocando e repetindo a saga do cabo Salustiel.

Caráter sem dúvida inalterável, sempre na sua, jamais regateava ao decidir por uma parceria musical.

Na época, eram raras essas pessoas com quem passávamos horas a fio a conversar e tomar golinhos de cerveja ao abrigo do Armando, Galo Carijó, São Marcos, Praça da Saudade, Bilhares, Chapada...

No bar do Otelo também, em noites completas, com a radiosa presença de tantos encantados que possamos recordar.

Dói-me sua ausência ao lado de alguns de seus parceiros, como Aníbal Beça, já porque, ao largo destes últimos dezoito anos, são esses os semblantes que me visitam e dão-me a iluminação necessária para que eu transforme os espinhos do exílio voluntário, em acenos de ternura.

(Jorge Tufic)