Amigos do Fingidor

segunda-feira, 7 de março de 2016

Lábios que beijei 56



Zemaria Pinto
Rita


Nunca prestara atenção em Rita, até que viajamos juntos a um evento do banco, em Recife. Estranhei logo no avião suas roupas despojadas, à moda hippie, que começava a seduzir os mais jovens, com uma flor nos cabelos. No evento, ela vestia-se de modo convencional, mas à noite, quando saíamos em grupo, ela se destacava exatamente por quebrar as convenções. Na segunda noite, já havíamos feito uma combinação – entre o meu parceiro de quarto e a parceira dela – de modo que ficamos juntos. Ela acendeu um incenso e um baseado, dizendo que era para trazer bons fluidos a nossa noite. A verdade é que nunca me dei bem nem com um nem com outro. Mas Rita, do tipo mignon, mas cheia de curvas e reentrâncias e toda durinha, valia a pena.


(Continua no blog Poesia na Alcova)