Zemaria Pinto
Rita
Nunca
prestara atenção em Rita, até que viajamos juntos a um evento do banco, em
Recife. Estranhei logo no avião suas roupas despojadas, à moda hippie, que
começava a seduzir os mais jovens, com uma flor nos cabelos. No evento, ela
vestia-se de modo convencional, mas à noite, quando saíamos em grupo, ela se
destacava exatamente por quebrar as convenções. Na segunda noite, já havíamos
feito uma combinação – entre o meu parceiro de quarto e a parceira dela – de
modo que ficamos juntos. Ela acendeu um incenso e um baseado, dizendo que era
para trazer bons fluidos a nossa noite. A verdade é que nunca me dei bem nem
com um nem com outro. Mas Rita, do tipo mignon, mas cheia de curvas e
reentrâncias e toda durinha, valia a pena.
(Continua no blog Poesia na Alcova)