O enforcado
Pollyanna Furtado
Teu nome é
chaga,
cicatriz e
dor.
Como se
visses poesia
nas marcas
de um açoite.
Teu nome é
loucura,
altivez e
doçura.
Como se
ouvisses música
na voz do
teu algoz.
Te amo
porque és
pleno em
solidão
e espanto.
Te amo
porque és
o meu
avesso.
Te
contemplo,
sólido e
mudo.