Amigos do Fingidor

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A poesia é necessária?

 O enforcado

Pollyanna Furtado

 

Teu nome é chaga,

cicatriz e dor.

Como se visses poesia

nas marcas de um açoite.

 

Teu nome é loucura,

altivez e doçura.

Como se ouvisses música

na voz do teu algoz.

 

Te amo porque és

pleno em solidão

e espanto.

 

Te amo porque és

o meu avesso.

 

Te contemplo,

sólido e mudo.