Pedro Lucas Lindoso
Todo
ano, no dia 31 de outubro, os americanos, principalmente as crianças e
adolescentes, comemoram o Halloween. Só os americanos? Não. O Brasil inteiro
vem adotando essa tradição folclórica vinda dos Estados Unidos.
Para a
gurizada americana e agora também para os brasileiros das grandes cidades
(acredito que a tradição não chegou nos interiores do Brasil), a data é
aguardada com ansiedade todos os anos.
Não
houve dia das mães, nem São João, nem tampouco o festival do boi. Casamentos,
aniversários, shows e comemorações foram cancelados. Mais uma festa, o
Halloween se aproxima assombrado pelo fantasma da covid-19.
As
crianças americanas e agora as brasileiras passam o mês de outubro pensando em
decoração de abóboras e na escolha e preparação de fantasias para a festa na
noite do Halloween.
Fico
pensando se haverá o tradicional “trick-or-treating” (doces ou travessuras) de
casa em casa. Não parece ser uma atitude inteligente neste ano de pandemia. Nem
para americanos nem para crianças brasileiras.
Mas os
brasileiros, tanto crianças quanto adolescentes e adultos, adoram uma festa. Se
for a fantasia, melhor ainda. Entre os adultos, as elaboradas festas a fantasia
devem ficar na mira das autoridades de saúde. As contaminações em festas e
casas noturnas e de eventos tem sido constante.
Os historiadores apontam que a provável origem
do Halloween tenha sido um festival praticado pelos povos celtas. Era realizado
como um marco do fim do verão. E com o início do outono, temos o período das
colheitas. Verifica-se o fim do ciclo natural com a queda das flores das
árvores. É a mãe natureza se preparando para adormecer. Parece-nos natural
pensar na morte e nos mortos.
Interessante
é que logo após as festividades assombrosas do Halowwen, em 31 de outubro,
temos o dia dos finados no dia 2 de novembro. Mas uma data em que muitos
ficarão tristes e frustrados.
Se as
pessoas vão se arriscar em festas de bruxas não sabemos. O que se sabe é que em
face da necessidade de precauções sanitárias, os cemitérios estarão fechados
nesse fatídico dia de finados de 2020. O fato é que o vírus ainda circula
contaminando muita gente. É a própria morte rondando por aí. Esqueçam festas
por enquanto.
Para os
que acham importante o dia de finados, visitem seus mortos em outra
oportunidade, sem aglomerar com os vivos.