Amigos do Fingidor

quinta-feira, 26 de março de 2009

Notas para uma teoria do nanoconto




Dalton Trevisan, o Vampiro de Curitiba, no traço de Romeiro.
. O menos é mais. [- = +]

. A mais perfeita aplicação da teoria aristotélica de unidade de tempo, lugar e ação.

. O nanoconto encerra uma cena completa, como um relâmpago numa noite de apagão.

. A leitura de um nanoconto deve ser mais rápida que a mais rápida das rapidinhas.

. Mas não é ejaculação precoce: o prazer deve ser recíproco.

. Onan (o conto) – eventualmente, o nanoconto pode ser onanoconto – prazer do autor, e só do autor, pô!

. Quem pratica o nanoconto mas não sabe: Dalton Trevisan e Millôr Fernandes.

. O romance ganha por pontos; o conto, por nocaute (lembrou Cortázar); o nanoconto é um tiro de bala dundum na mente do leitor incauto.


(Allison Leão e Zemaria Pinto)