Ano passado, quando me encontrava em Paris, entrei em contato com Jean Paul, um escritor que se diz ser também um ocultista. Um sujeito estranho e fascinante e que mora com a mulher, uma fotógrafa de moda, em um apartamento de frente para o Sena. Uma tarde, em que lá estava fumando um bom charuto cubano e conversando sobre a vida de escritor, ele me disse:
– Toda escrita verdadeira tem que ser como um sonho delirante. E completou: – O verdadeiro escritor é um louco que deve, sempre que possível, evitar as palestras acadêmicas e viver só para as suas invenções e sonhos.
(Marco Adolfs)