Jorge Tufic
POESIA
INFORMATIZADA
Heitor
Luiz Murat (RJ), inserido no volume “Momentos de Crítica Literária”
(VII-Campina Grande-Paraíba) com trabalho sob o título “Arte Informática: novos
rumos da inteligência artificial”, assim resume suas primeiras experiências: a
poesia (3):
“Minhas
primeiras experiências se realizaram na PUC/RJ com um sistema gerador de
quadrados mágicos de palavras. Quadrados mágicos de palavras são conjuntos de
letras que formam palavras tanto na horizontal quanto na vertical. Por exemplo:
E L O
M A R
A R A
O
problema combinatório se torna interessante se introduz restrição de formação
de palavras existentes na língua portuguesa. A crítica pode ser feita por
alguns algoritmos simples que eliminam combinações impossíveis na língua
portuguesa, em conjunto com consultas a um dicionário armazenado em memória.
A
medida que aumentávamos o tamanho do lado do quadrado os problemas aumentavam.
Em particular quando o lado é de cinco letras surgem problemas bem complexos de
tratamento de sufixos, prefixos e radicais.
Quando
o problema se tornou de uma complexidade insuperável, recolhemos todos os
sistemas construídos e aplicamo-los à análise de poesias.
Os
quatro grandes sistemas empregados foram:
-
os
geradores de rimas
-
os
analisadores métricos
-
os
analisadores rítmicos
-
os
analisadores de conceitos
O
primeiro sistema nada mais era que um dicionário de rimas que foi rapidamente
abandonado, tendo em vista que meus poemas normalmente não rimam. (...) O
sistema está sempre a serviço do autor e o controle esteve sempre comigo. O
computador é usado como um servo. Ressalto isto para dissipar os usuais temores
de que a máquina poderia estar me dirigindo ou escravizando.
Antecedentes
da poesia informatizada na Semana de 22: Cassiano Ricardo e Menotti del Picchia.”