Amigos do Fingidor

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Cidadão Kane na Academia Amazonense de Letras - amanhã

Chamada para uma apresentação de Cidadão Kane.
30 anos depois, o Don Corleone de Marlon Brando lembraria o Kane de Orson Welles.



O roteiro de Cidadão Kane faz uso de um expediente que viria a ser banalizado (e batizado) por Alfred Hitchcock: o MacGuffin – algo que se procura por todo o filme, mas que, ao final das contas, não tem importância nenhuma para o seu desfecho. O MacGuffin de Kane é o significado da palavra “Rosebud”, a última palavra pronunciada por Kane, ao morrer, logo no início do filme. Todo o filme é a busca pelo significado dessa palavra e a reconstituição da vida do magnata. E, claro, o filme termina sem que se encontre o tal significado – mas nós, espectadores, ficamos sabendo o que é “Rosebud”. Para nossa decepção, aliás, pois não havia naquela palavra nenhuma intenção metafísica ou mesmo psicanalítica.
Arte real-socialista ajudou a disseminar a lenda de que Welles era comunista.
Cidadão Kane é uma festa para os olhos e para a mente. O roteiro de Welles e Herman J. Mankiewicz, associado à extraordinária fotografia de Gregg Toland, cujo nome aparece nos roteiros junto ao do diretor Welles, no derradeiro fotograma, e à montagem ensandecida de Robert Wise, que brilharia mais tarde como diretor de Amor, sublime amor, entre outros clássicos, ainda hoje provoca vertigens. Literalmente. Cidadão Kane é uma viagem entre o paraíso artificial de Xanadu e o inferno das inúmeras perdas de Charles Foster Kane, das quais a única verdadeiramente importante era Rosebud.
(Zemaria Pinto)
 
O enfant terrible Orson Welles:
Shakespeare no Harlem e H. G. Wells no rádio.


 
 



O projeto de extensão “A VIDA DE UMA OBRA:” é uma iniciativa de professores do Programa de Pós-graduação em Letras e Artes da UEA, vinculados igualmente aos cursos de graduação em Letras e Música, em parceria com a Academia Amazonense de Letras.

O objetivo do projeto é promover, no âmbito da sociedade local, a discussão sobre arte e cultura, ao mesmo tempo em que procura contribuir com a educação da sociedade manauara, referente ao aspecto estético e cultural, além de reforçar os laços entre o conhecimento acadêmico, sobretudo produzido pela pós-graduação, e o conhecimento da sociedade em geral.

Quando: dia 11 de dezembro de 2013, às 18h30min

Onde: Academia Amazonense de Letras, rua Ramos Ferreira, 1009, esquina com Tapajós – Centro

Tema: Cidadão Kane
 
Palestrantes: Zemaria Pinto e Berenice Carvalho