Delírio coletivo – I
Há nos campos verdejantes da vida certos delírios coletivos. Nesses campos ditos, o escritor percebe os lobos. Vê a maneira como eles se olham e se cheiram. E de como abrem suas bocas e mostram os dentes caninos. Precisam fazer isso. Na verdade sentem muito medo de serem mordidos e enxotados. Por isso, precisam mostrar a força e a determinação dos seus dentes. Afinal, são todos uns lobos famintos.
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(Marco Adolfs)