o pescador ficou orgulhoso quando se reconheceu nas fotos, em cores, que ilustravam a reportagem da revista editada na capital. só não entende por que agora as mesmas pessoas desejam expulsá-lo do mundo primitivo em que sempre viveu: as gaivotas e garças repartem com ele a fartura de peixes, a areia branca da praia contrasta com o verde do mar e dos coqueiros, o vento e as ondas sussurram segredos, nas noites escuras e solitárias da ilha.
(Adrino Aragão)