de barro, o primeiro homem. em seguida, vieram o segundo, o terceiro, o quarto, logo um exército deles. pisando o barro, os homens de barro marcharam. homem e barro, barro e homem. um, dois, feijão com arroz.
de barro não presta, seu bobo. vem o sol e parte ele todo. o jeito é soprar. com força. mais força ainda. como se você avivasse o fogo no fogareiro de carvão.
com o sopro, o barro se fez homem. mais tarde, com o calor do sol, o homem partiu-se ao meio.
nada mais pôde ser feito. o seu criador já cuidava de outros inventos.
(Adrino Aragão)